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II Feira do livro de Paverama iniciou com o SARAU POETAS ILUMINADOS de Angélica Rizzi especial Mário Quintana

II Feira do livro  de Paverama iniciou com o SARAU POETAS ILUMINADOS especial Mário Quintana







As 19h00min horas do dia 25 de setembro  foi aberta oficialmente a 2ª edição da Feira Municipal do Livro de Paverama, que segue até dia 26. Entre muitas atrações nos dois dias do evento: palestras com o patrono Caio Riter, vendagem de livros, teatros e mostra pedagógica. Quem prestigiou a feira pode acompanhar o Sarau Poetas Iluminados, especial Mário Quintana, com a cantora, escritora e poetisa Angélica Rizzi que aconteceu ás 19h30min de quinta-feira. Angélica foi acompanhada pelo músico Diego Costa desfilando um repertório de canções autorais e de releituras de clássicos da MPB e do Pop Rock Brasil.

Angélica Rizzi tem dez livros editados incluindo uma coleção poética em cinco volumes (Coleção Arco Íris Poético), um romance (O poeta mais velho do mundo), um livro de contos (Clube dos Solitários) e três livros infantis (‘Manoelito o palhaço tristonho’, ‘Sol e as ovelhas’ e ‘Júlia a estrelinha’). A artista natural de Estrela e radicada há mais de dez anos em Porto Alegre tem também dois CDS lançados 'Águas de chuva' e 'Angélica Rizzi à italiana', e atualmente está em estúdio registrando seu terceiro álbum intitulado 'Se somos nós'.

Em entrevista a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Paverama, Angélica Rizzi falou um pouco sobre sua carreira, livros projetos e como iniciou o interesse pela literatura.

1)Angélica Rizzi por ela mesma:

Sou natural de Estrela, Rio Grande do Sul e sempre fui muito inquieta, e acredito que a arte contribuiu para que eu conseguisse extravasar toda essa energia. Tive minha irmã gêmea para brincar e me acompanhar nas pequenas travessuras do cotidiano, a música sacra na escola, os livros da biblioteca, as peças que escrevia para após dirigir e encenar no pequeno e tímido palco do colégio.

O meu viés de mundo, o meu modo de pensar sempre foram de poeta. Uma poetisa que aprendeu a nadar na musicalidade de um poema e após quis cantar. Meu trabalho artístico não tem fronteiras : é cosmopolita, portanto procuro exercer minha arte independente das “ondas de mercado”, pois o universo dos livros sempre foi muito vívido em mim desde a infância, as paisagens campestres do Vale do Taquari sempre me encantaram, as vozes dos cantores nas canções folclóricas, que chegam ao coração sempre rechearam o meu imaginário poético, e estas imagens também permeiam o meu processo criativo e vão de encontro ao meu espírito livre e criativo.
Sinestesia talvez seja uma palavra que possa definir meu trabalho na arte das palavras: meus poemas tem gosto de recordações guardadas em lugar cativo do nosso coração, minhas canções relembram a poesia que existe no primeiro encontro dos enamorados, meus livros infantis interagem e semeiam a beleza lúdica e colorida da infância, meu romances também se baseiam num movimento criativo e libertário inspirando artistas de todo mundo: leia-se beatnik idealizado pelo escritor Jack Kerouac e, em contrapartida o meu eu lírico busca inspiração no que sinto, no que esta ao meu redor, no que vivi, e ao mergulhar em mim mesma: ensimesmar-se , para então encontrar a musa, a inspiração na arte das palavras!

2)Explique um pouco da sua participação na II Feira do Livro de Paverama com o SARAU POETAS ILUMINADOS: Mário Quintana:

O Sarau Poetas iluminados foi criado por mim em 2010 para juntamente com o lançamento do meu livro de contos Clube dos solitários, que tem uma temática beatnik - festejar os livros e a criação literária com o intuito de resgatar e valorizar a arte e a história da literatura mundial e seus escritores que são e foram meus mestres na minha jornada literária, entre eles o grande poeta gaúcho Mario Quintana.
E em mais uma edição não poderia ser diferente:o poeta gaúcho Mario Quintana vai ser homenageado por mim e o violonista Diego Costa com o poema Canção da Primavera do poeta transformado em música”; além da vida, obra e a poesia de Mario costurados com canções autorais, e de outros compositores.”

3)Como é receber o convite para participar de uma feira do livro?

É sempre muito bem acolhido pelo escritor o convite para participar de evento literário e cultural, onde a vedete são os livros e a literatura, que interagindo com o público leitor provocam, inquietam e criam a vontade de buscar o conhecimento que só uma obra literária têm.

4)Como você concilia o trabalho de escritora, cantora, poeta e compositora?

A minha criação artística sempre nasceu do texto, da palavra oralizada, de um verso de um poema respingando (de forma benéfica) no ofício de cantora, jornalista, escritora e compositora. E desde meus sete anos eu continuo bebendo da fonte da poesia e continuo lendo Quintana, degustando Bob Dylan assim como o galês Dylan Thomas.
Além disso, eu comecei bem jovem a apreciar os livros e a me questionar em todas as noites da minha vida, na hora mais tranqüila: "Sou mesmo forçada a escrever?”
Na arte da reflexão através das minhas próprias descobertas em qual o verdadeiro caminho do artista além do palco e do ideal de viver para sua arte: descobri na obra do escritor alemão Hermann Hesse: “ser poeta ou nada”; na frase do poeta tcheco Rainer Maria Rilke como conselheiro do seu jovem discípulo na obra Cartas ao jovem poeta escreveu: (....) “investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite: "Sou mesmo forçado a escrever?”Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. (...)
Portanto, tenho lido o excerto deste livro todos os dias, e a cada momento me convenço que esta é a minha sina e tenho tentado construir a minha vida de acordo com esta necessidade!
“Eu nasci poeta, e descobri na essência da poesia a música, a literatura, a composição musical...”

5)Quando começou a trabalhar com esse tipo de evento?

O meu trabalho literário e musical sempre caminharam juntos, e foi em 2002 participando da 48ª feira do livro de Porto Alegre-RS, e ao autografar meus cinco livros de poemas: a coleção arco-íris poético, que intuitivamente me inspirei a transformar um dos meus livros poéticos leia-se: Prisioneiro da paixão em Sarau literário e musical.

6)Considerações finais:

A arte existe para celebrar a cultura dos povos e nasceu para ser uma ponte entre as nações.
O artista é o porta voz e cabe a ele ser a voz que guia na escuridão, o farol que sinaliza as embarcações, a bandeira de paz e a memória de um país. A resistência em não conhecer a língua ou a arte de um país ou um lugar.
O artista com sua sensibilidade e delicadeza atravessa oceanos, derruba muros, e faz com que sua história seja cantada por gerações: Beatles ainda tocam em ipads, existem em vinis, e Chico Buarque não faz somente shows para terceira idade.
O mundo se renova, e tudo se reinventa a cada dia, tanto nas mídias digitais quanto na música, na poesia, seja ela em espanhol, francês, inglês...

“Eu comecei na infância a apreciar os livros. E, aprendi com Monteiro Lobato à descrição de um ambiente e a verossimilhança que provoca o efeito visual no leitor. Aprendi que essa riqueza de situações, o lúdico e a inocência deste estilo literário, mais a proximidade com o público infantil são fonte de grandes descobertas para um cantor-escritor, isto é, os pequeninos nos ensinam sempre, cabe ao artista estar sempre vivenciando e observando a vida. As pessoas são sua maior riqueza, e as crianças um tesouro, para que sua obra perdure e continue sendo um canal com seu público leitor".

Conheça mais sobre a carreira e os trabalhos de Angélica Rizzi através do site www.angelicarizzi.com.

Assessoria de imprensa - Prefeitura Municipal de Paverama.

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